Friday, September 08, 2006

Sangue

Este sangue escorre,
Nas mãos de quem morre.
Todo o seu corpo percorre,
Sem permissão.
Mata todo o alimento
Desse sentimento.
Deixa-o com o tormento
Que nada mais alimenta
Que a dor.
Estas palavras são o último pudor
De uma alma pura,
Que procura…
O que sem dor, matou.
Na ausência fica a pergunta
Porque é que esta alma não lutou?
Nesse corpo banhado, do seu sangue
Espero que estanque esse passado.
Essa ferida aberta, será certa.
A dor que lá permanece,
Como quem cai e cresce,
A cicatriz na pele,
Não desaparece…
Uma marca, preenche a vida.
Vivida na ausência,
Da dor preenchida.


PoetryFlow
8 de Setembro de 2006

0 Comments:

Post a Comment

<< Home