Friday, September 22, 2006

Nostalgia

Vejo, com olhos de criança
Presos na esperança de um adulto.
Sinto como sentia, o que antes ouvia.
Leio, como antes lia.

Suspiro, um leve e curto
Por entre este ar quente,
de um passado adolescente.
Nada mais é que surto de saudade.

Sinto-me doente,
E impotente, para controlar o tempo,
Que passa sem deixar tempo,
Apenas a recordação presente.

Um grão de areia que desencadeia,
Tudo o que antes ficou.
Vejo-te ao longe como sereia,
Que encanta quem nunca por ela passou.

Recordo tudo o que antes observei,
Entendo o que antes encontrei, e não percebi
Nasci mesmo depois de já ter crescido,
Triunfei por apenas ter aprendido.

Hoje, observo da janela,
A vida que nunca achei bela.
Nos meus últimos e longos suspiros
Abraço todos os minutos perdidos.

PoetryFlow
22 de Setembro de 2006

1 Comments:

Blogger Ana Isabel said...

gostei. deste aquela visão da vida que nós temos em algum momento... quando tudo parece distante, vazio, inexistente... como se o que ficou para trás, não passa de meras palavras, meros sentimentos... meras recordações desta vida curtinha.
acho que todos nós nos pomos a olhar na janela para algum sítio, algum lugar, alguma pessoa...basta olhar. o ponto de visão, esse, encontra-se sempre.

2:37 PM  

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