Wednesday, December 12, 2007

Revolução

Cadeiras Preenchidas,
As mesmas vazias.
Lutadores de outras lutas
Gladiadores de outros tempos.

Revolucionário por uma vida
Não por uma guerra.
De verdadeiras causas
E não de palavras falsas.

Como Ché, Boliviar e tantos outros,
Que não são poucos...
Esquecidos, por quem quer,
Que um povo esqueça.

Lutemos pela sua glória... pela nossa
E não pela história. Lutemos
Por tudo aquilo que acreditamos
E não pelo que os outros querem
Que um povo triste acredite.

A luta é agora,
para este povo dividido
começar a ser unido.
Não saberemos se alguma vez será vencido
Ou se triunfará... mas sabemos que um dia
Esse dia chegará.


André Henry Gris

Wednesday, December 05, 2007

Indecisões

Indecisões

Chega... foge... desaparece
Não, não o faças.
Espera... diz sim... ou não
A essas desgraças... a essas palavras,
Já não o sei se sim... se não
Diz a sussurrar no meu ouvido,
Pistas para eu deixar de estar perdido.

Larga beijos num chão, o teu cheiro num ar
Desenha a visão do que eu quero ver
Colho os teus beijos e sigo-os,
Saboreando um a um, e semeio
Para colher mais tarde, alheio
A tudo o que não irá passar.

Cuido deles, guardo... arrasto,
Na memória de uma história
Deste pequeno passado
Que de uma árvore plantadas já é floresta
Numa memória certa...
Que nunca será passageira... ou talvez não.
Pois a mão que semeia... a mão que semeou
Largou a semente e desistiu
De tudo o que antes lutou.


André Henry Gris