Nostalgia
Presos na esperança de um adulto.
Sinto como sentia, o que antes ouvia.
Leio, como antes lia.
Suspiro, um leve e curto
Por entre este ar quente,
de um passado adolescente.
Nada mais é que surto de saudade.
Sinto-me doente,
E impotente, para controlar o tempo,
Que passa sem deixar tempo,
Apenas a recordação presente.
Um grão de areia que desencadeia,
Tudo o que antes ficou.
Vejo-te ao longe como sereia,
Que encanta quem nunca por ela passou.
Recordo tudo o que antes observei,
Entendo o que antes encontrei, e não percebi
Nasci mesmo depois de já ter crescido,
Triunfei por apenas ter aprendido.
Hoje, observo da janela,
A vida que nunca achei bela.
Nos meus últimos e longos suspiros
Abraço todos os minutos perdidos.
PoetryFlow
22 de Setembro de 2006